Um
olhar preciso me fere
De
frente se atravessa com a velocidade
De
quem tudo perde
Neste
ponto.
Feições
arreganhadas no corpo
Em
alicate o braço
Segura
o leito
Desmembrado
da insónia.
Vida
mulata filho da preta
C´um
raio
Desapegado,
postiço
É
o sol seu pai.
No
semblante contorcido
Até
não ter ângulo
O
silêncio é sua estridência.
Da
tragédia descansa
Uma
esperança sem cor
Na
maciez boleada
Nascida
no ombro
Da
mãe.
As
mãos entrelaçadas como
Um
chão onde
Se
estatela um rosto
Demasiado
magro
Das
imagens que ficam
Por
amanhecer.
O
querubim estático e negro
Pousa
o polegar
Na
boca em febre.
Cabeças
rapadas e outras
Debaixo
de um telhado
Tecido
com rendas.
A
palavra expulsa
Com
estrondo, a porta
Na
garganta
Se
fecha, a boca
Cimbrada
em toda a extensão
Pelo
espanto em perfil.
Esse
olhar refugiado
Na
terra do outro
Que
é multidão
Para
quem não conhece.
A
sombra que faz
Um
segundo apertado
Pela
mão em ponteiro, cravado
No
baldio de um
Rosto.
Cinzelado pela vertigem
Um
espaço com parede
Ao
fundo.
Inclinadamente
militar
E
vadio. Juro
À
pátria que é todo
O
sangue pontapeado
Pelo
meu coração.
Assomam
fantasmas
Queixo
caído, vívidos,
À
transparência suas mãos
Cortam
os nós
Na
serralharia afiada
Da
guarda que os protege,
E
se perdem em um encontro
Com
seu hálito
Simétrico.
Oposto
Em
temperaturas, um final
Que
é dia e lugar
Para
o ser, coisa
Nenhuma.
É a sede
Por
estilhaços, entendo
Toda
a cor
Que
me é apontada
Pelas
vidraças, quando se despem
E
se despedem
Do
abraço apertado
Dos
vãos, dos quais
Se
separam
A
caminho do chão.
A
poesia, sua pele
Acondicionada
por arames
Retorcidos,
queimados
Pelo
óleo da noite.
Portas
encerram
O
capítulo do espaço,
Para
lá ficam, apertados
Estes
rostos quando esboçam
Um
desalento na maior
Medida.
Que outra ciência
Melhor
os traduza
Para
quem está
Deste
lado
E
ao contrário.
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