Volto
o rio para trás
Das
costas lá vai
Disto
e só. Lá,
Águas
concisas, negras,
Por
lhe bater
A
noite. Sento.
Sinto.
Muito
Acorde
imperfeito,
Esgadanhado
Nessa
guitarra
Impressa
de memória,
Se
aproximando, e pouco
Me
beliscando
A
forma vista
Ao
perto.
Novos
loucos
No
lugar antigo,
Tomando
a praça
Construída,
se dobrando,
Se
alterando,
Enchendo
a caixa
Ressonante
De
eco suficiente.
Mastigam
a pastilha
Dos
dias, levam
O
casaco despido
Enrolado
no braço,
Passam
aos pares,
Olá!
Se lavando
Em
sorrisos,
Falando
em saudades
Tuas.
Entre
tanto
Aponto
àquele que,
Vindo
de ali
Ao
fundo,
Abre
porta
Acende
ponto
De
luz,
O
normal,
Não
fosse quem o fez,
Um
motor ter
De
propósito
Deixado
a trabalhar
No
meio da rua,
E
quem o esperava
Não
muito longe,
A
arrefecer.
Que
isto vos interesse,
Não.
Nem isto é trama
Que
se desenhe
Com
alguma calma
A
mais,
De
encontro
À
perna traçada,
Evitando
olhar de frente
As
circunferências
Do
azar, iluminadas
Pelos
candeeiros
Em
branco
Sobrando
à noite.
Nitidamente
se ouve
Discutir
sobre
Horários
não
Cumpridos
à risca;
Por
um fio,
Quem
nos avisa,
Aguenta
os cavalos
À
prosa, segura com a mão
Aquela
porta
Meia
aberta.
Lugares
de ofício
Com
gente dentro
Muito
fora ainda,
À
vista desta rua
Que
os estranha
E
deforma com uma
Longa
eucaristia
De
reflexos. Sentados
A
laborar para o boneco,
No
último dia
Inútil,
de mais
Uma
semana.
A
volta perfeita,
Embandeirada
em arco,
Dada
à pedra
Do
edifício
Em
boa
Altura.
Meio
arco e tanto
Tapado
por uma árvore;
Um
instante
Disto
apenas
Um
quarto
Visível,
Ao
passar por ali
À
frente
O
autocarro
Preso
à rede
Da
madrugada.
E
o motor,
Caralho,
E
o motor,
Se
não é ele
O
mesmo. Fico assim
Achar.
Um meio
Fio
de urina
Reflectindo
o sentido
Contrário
ao ponteiro
Das
horas.
O
vento despega
As
imagens ao tempo
De
serem réplicas de
Um
pouco já passado, já
Não
aqui
Me
apanhavas;
Ramos
de árvores
Desfigurando
Ao
segundo
O
barulho que
Me
rouba olhar.
Passas
a correr
E
há ainda vida
Nisso.
Meu igual,
Sobre
ti
Aterram
asas, frias
Coberturas
instáveis
Puxando
a linha
De
terra para dentro
Do
momento, para fora
Da
tua boca
Escorre
espesso
O
fumo do que há
Em
ser
A
manhã. Flâmula
Desarticulada,
Turvando
o entender
Aos
calceteiros
Do
caminho mais curto.
Superfícies
de contacto;
Máquinas
de sentido
Único,
desaparecem,
Silenciosas,
pela corete
Da
voz que as anima.
Em
caixas
De
luz, onde
Mal
se percebe
A
palavra
SAÍDA,
à cor principal
Do
olhar indo
De
branco, o que nunca
Com
nada
Se
casa, forçando
A
curva à pergunta
Que
se planta
Em
volta, disposta
A
tudo.
A
condição adversa,
Climatérica,
falo
Agora
a frio, é
A
pontada romba
Inclinada
pela unha
Me
arrancando ao sono
Deste
dia sem princípio.
Me
defendo
Com
um punhado de:
Notas
musicais,
Traçados
de condutas,
Enfiamentos
de condutores,
Juntas
betumadas a parafina.
Este
sistema forjado
À
demasia de um voo
De
curta distância. E
Vou
andando, se
Se
não importam.
Patas
felpudas, tesouradas
No
horizonte. Um olho,
Quem
o tem
É
soberano verbal,
Fechado
em
Espaço
aberto.
Liberto
o cão na caça
Aos
ouriços nocturnos, ele já
Não
está nem aí, nem cabe
De
contente, desaparecendo
Por
detrás da sombra
Das
árvores banhadas
Pelo
zinco da lua. O chamo,
Não
vem mais.
Rilho
os dentes, e
Durmo.
Se há sonho,
É
lá fora.
Espalhadores
de poliuretano
Superficial,
queimando
A
hora pulmonar, indo
E
vindo de longe
A
longe, dentro do mesmo
Quarto,
avivando
Os
veios à madeira
Do
chão,
O preparando para outro
Inquilino,
insensível
À
loucura da máquina
De
afagar e ao forte
Odor
químico
Que
permanecerá até
Que
se vá embora. Insensível
À
vida, vai
Vivendo.
Em bruto
Conjugar
da palavra
Solar.
À
guitarra, um solo
À
terra.
Virá
o dia, e alguém
Não
atenderá
Por
tanto
Entender.
Avisado
estás,
Apita
ou
Guarda
essa moeda
No
bolso;
Estás
convidado,
Para
um copo ou coisa
Que
o vale,
Mais
forte do que
Eu.
Coçar
o piolho, levantar
A
casa do estorvo
Em
que se encontra,
A
levando ao grito
No
interior da tela
Esticada.
Floresta
sintética,
Barbatana
dentada,
Dedo
em riste – fechar
À
chave
Estas
formas
Na
estante do sentido.
Arrastam
os pés
À
mesa de encontro
Aos
meus ombros;
Se
rompendo em vermelhos
Circulares,
me cantam
Aos
ouvidos um fraseado
De
fantasmas repetidos
No
ecrã das coisas
De
se apanhar
E
deixar.
Uma
palmada nas costas
Ao
tempo mesmo
De
um nome ser
Empunhado
por quem
É,
oferecendo
À
consignação
Do
meu parecer,
O
movimento de serras
De
corte
Fazendo
o giro
Algo
tarde,
Aos
crepúsculos interrompidos
Por
gargalhadas velozes.
Pitch
control,
Self
control,
Pest
control.
Do
estrangeiro que me sou,
Estas
palavras enxovalhando
O
contorno crítico
Da
urbe à memória
De
um qualquer
Arquitecto
agarrado
Ao
passado e á maravilha
Deste
aquele
JUST ONE FIX. Por ele,
Nada ficará
De
pé.
Se
envolve o segredo
Em
um pano estampado
De
brancas aves,
Artificiais
enteadas
Da
porção geométrica,
Alienígenas.
Param
as mãos
No
vermelho da superfície
Eléctrica,
para onde
Me
inclino, traduzindo
Sons
impossíveis, saídos
Do
núcleo fremente
Àquele
realejo abandonado
Sobre
a paisagem
Do
pensar.
Pássaros
pilotos,
Tocadores
de ar pesado
Ligando
os pontos
Pelas
costas
Ao Absurdo.
Máxima
incongruência,
Mínima
influência.
Dependência
total, delirando
De
infinito acabando
Por
dar em
Louco
melhor, melhor
Assim.
Jogos
de arcada,
Diálogos
e vendas
De
garagem.
Roupagem
que encolhe logo
No
lugar do pescoço, e um
Colar
de rebites
Directos
à pele, são
O
ornato de
Que
não
Prescindo.
Flores
enrugadas, travestidas
Em
forma
Singular,
sem modos
Pousadas
Na
sala de estar.
Uma
ampola de coisa
Nenhuma
jogada
Como
trunfo,
Ao
tapete
De
entrada
Na
habitação do personagem
Ditado
ao comum
Dos
mortais.
Me
caem todos
Os
parentes à lama,
Patinando.
Vão
Uma
última vez
À
terra,
Matar
saudades
Da
jardinagem artística.
Matar,
sim,
A
junta aos ladrilhos
Do
argumento atravessado
Na
garganta, disposto
Cintando
a mestra
Impossível
de aparelhar.
Em
plano inclinado
Se
destravando, descaindo,
A
viatura
Assombrada,
vai
Certa
hora
Em
ponto
Morto.
Como
que afectado
Por
trembolona ou
Banho
de zinco,
O
rosto fica
À
banda, em sentido
Desfigurado,
enquanto passam
Pelas
brasas
De
uma leitura.
Venha
o diabo
E
escolha,
Quem
de nós
Melhor
tinja, a
Acrílico
seu,
Pardo
pranto.
Sejamos
breves pois
Nos
cai em cima,
Não
tarda,
Novo
velho
Dia.
Luzes
de presença e
Trepadeiras
sentimentais,
Murcham,
escalando
Pelas
paredes. Alto
E
bom som,
O
que não puder
Nunca
ser dito.
Sem comentários:
Enviar um comentário