O
dia novo, de ponteiros prenhos
Das
horas mal contadas
São
muitos os desenhos
Há-de
ser uma flor de cores desbotadas
Começou
por ser um cravo na ferradura
Depois
quis ser um arranjo floral
Uma
coroa de espinhos
E
até loiças de cristal
Mal
se respira com tanta Primavera
Antes
voar como os outros pássaros
Para
um paraíso como o do Natal
Alguém
que me credite a alma
Com
palavras caras
É
um fósforo na mão
É
sempre uma canção
Palito
a imaginação
São
pedaços do último presunto
Era
dourada da minha dentição
Isso
era dantes
Agora
troco os dentes por pregos
Mas
mordo o isco como os outros
Parentes,
Serventes
Todos
doentes
De
um nome estrangeiro
Espelhos
órfãos da Alice
Roupas
vestem-se muitas
Mas
o cenário é o de sempre
Vigarice
Desta
grande aldeia
Faço
apenas uma ideia
Os
ossos levam apertos
É
muita a vindima
Dizem
que ao pó voltamos
Para
mim é gelatina.
Música: Duble Dread
Letra: Chacho
Vocal Feminino: Anita Nobre
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