Estava
eu para quê guardado.
Para
ir devagar
Ao
lugar das gavetas
Na
memória ou
Móvel atacado por
Térmita
duvidosa foi
Assim
mesmo? Foi
Acontecendo
e logo
Levado
a vazadouro mal
Cabe
aqui
Dia
ou número
Inteiro.
Lá
no fundo
Um
céu aberto
Em
dois outra desculpa
Pois
não
Peço
perdão por menos
De
umas quantas
Linhas
brancas nunca
Cortadas
para tecido.
Fotografias
de lugares
Nunca
habitados modificados
Por
ponteiros por exemplo
O
Calvário.
Fui
a casa
Desocupada por ali
Arrancar
às paredes
Ainda
de pé
Braçadeiras
que seguravam
Fios
condutores
E
outras linhas não
Servindo
já.
Envelopes
nunca
Tocados
pela saliva
Guardada
aos cantos
Da
boca águas
Estagnadas onde
Guardo
e cabe aí
Vida
não minha sua
Memória
é minha
Por
mais um
Tempo por pouco
Me
esqueço
De
a fazer
Desaparecer.
Vitrificado
seja
Um
nome
De
lados iguais
Descosido
o desenho
A
meio
Corpo não havendo
Única
quadrícula
A
conter
Seus
braços
Entre
linhas.
Milímetro
seja
A
unidade de medida
Suficiente
Por
onde
Fazer
desaparecer
Essa
lágrima retornada
Chamada
à terra.
Catástrofe
privada
Levada
a se passar
Por
outra coisa
E
não à letra
Pela
vala
Do
peito.
Há
prédio no meio
Disto fazendo
Esquina
com a noite
Lá
atrás vai
Homem
passando
Para
lá da
Última
aresta
Visível o outro lado
Da
rua se distorce
Longilíneo desaparecendo
Para
mim
À
frente da porta
Principal.
Filme
negro
Dá
impressão
De
ir esticado
E
justo
Ao
rosto e demais
Que
é corpo
O
segurando a entrar.
Reflexos
elásticos
Entopem
o olhar amarelos
De
luzes buzinando
Às
sombras linhas
Ao
chão embutindo
Nervo
de aço
Temperado.
Estava
eu para quê guardado.
O
olhar voltado indo
Em
sentido
Contrário
por um
Corredor
habitado
Lá
atrás escuro
Escuro sabendo que
Ali
está e
Ainda
respira
O
último marçano
Revolvendo
tempo
À
mão na tulha
Da
vida.
A
linha do rodapé
Atada
à cadeira
Onde
experimentei
A
morte antes
De
a usar eu
Velho velho
sujo
Porque
estava sujo
Rugas
embrutecidas pela
Merda
dos pássaros
Que
me dão
Céu não há aqui
Qualquer
gesto
Pedinte.
Merda
Merda
Merda só
Isto
faz
Parecer
um quarto
Maior
ao canto
Dos
olhos vá
Se
a vir levo
Camisa
branca
O
costume de alças
Vários
buracos
A
ver se a
Barriga.
Nu
Da
cintura para
Baixo baixo
A
guarda e
Foi
tudo
Por
aqui desci
Até
onde não tinha
Degraus outros
De
nós ali
Também presos
Sem
ter para onde
Mais
ir aqui chegado
Se
acaba
A
linha e tudo
Parece
se ter
Perdido uns
Dos
outros não lembra
A
ninguém
Vir
assim
De
mãos a abanar
Linhas que não dão
Para
lado
Algum é isto
Disto assim
Como
assim.
Se
ficas ouve se
Perde
mais
Um
pouco senta-te e
Deixa-te
ir
À
falência do último
Órgão uma nota rangendo
Um
sol tremendo
Queimando
a pele
À
máscara.
Rezingando
última prece
A
um Deus
Envergonhado
Na
minha
Vez volto e
Vou
ao lugar
Antes
assim
A
tempo
De
repetir
A
cerimónia e
Vestir
um trapo
Aos
ossos à altura
Desta
importância
De
ir para sempre
Desta
para
Melhor.
Tique traque
Tique traque
Se
não é
Desta escuta
Coisas
belas ditas como
A
melhor mentira
E
tudo faz
Sentido.
Itinerários
rascunhados
Nas
costas das mãos
A
tinta
Água
Forte
e
Breve.
Inclinado o chão
Acaba
na esquina
Pela
berma do céu região
Das
nuvens uma ou outra
Linguagem
que é
Cuidada vai
Inteiro
o pássaro
Pelo
meio.
Temer
a oração
Por
esta conter
Desculpa
de mau perdedor
Em
tudo
Filiado.
Escrever
nas entrelinhas
A
vida desentender
Esta
frase toda incluir
Cidades
prescritas
À
mão avulsa e
Almas
desertas
De
ruir.
Breu
Breu
Duas
linhas
Dois
lados
De
rua se
Mostrando a construção
Do
sol na fachada
De
um prédio linhas
De
força alimentando
Por
baixo o céu.
Viagens
sem emoção
Nem
princípio
Assegurando
o fim
Que
se dá
A
uma imagem
Em
que se acredita
De
olhos fechados.
Portadas
brancas
Pelo
interior
À
noite desafiadas
Por
ramos de sombra
Nascendo
dos candeeiros
Ficando
raiz
À
superfície e adeus
Ao
que é
Real.
O
acidente
Ignorado me deixo estar
À
janela que dá para
A
rua em frente é
Que
é o fim.
Destino
e sombras
Não
se entendem
Se
desenham
Com
vida
Levantada
cedo.
O
nome das mãos
É
universo de janelas
Abertas
a dar
Para
um
Verso
em beco.
Atenção
Citar
sempre
A
partir de dentro
Usar
as mesmas palavras
Que
usámos por original
Em
folha
Que
se possa ver
E
rasgar à frente
De
quem irá
Ouvir
nossa voz com licença.
Círculos
pequenos largas situações
Por
adição há uma
Caixa
em madeira
Até
cima vestida
De
cabeças furadas
E
olhos mortiços
À
espera de um
Corpo
boneco
Precisado
de
Compostura e menos de
Uma
ferida
De
orelha a orelha
Traçada
em arruaça.
Ânimos
exaltados vozes
Desaparecendo
Pela
vertigem à boca
Do
palco antes do pano
Trair
o fim
Que
se dá
A
uma fala ainda
No
princípio.
Âncoras a tudo
Quanto
se mexa
Deixai
cair.
Tentar
o contrário
Com
alguém
Ao
vosso lado passando
Por
aqui sem dizer
Água
vai o movimento
Trasladado
para a paralela
Ao
íntimo assinando
Cidade
por baixo.
Extremas
podem ser
Morte
e Sul
Tuas
mãos onde nasço
E
me ponho
A
jeito.
Chegar
a tantos lugares perguntar
Invariavelmente
por quem
Nunca
ali está empregar
O
dia deixá-lo
Ser
pontual chegar depois
Dele fazer
Chover.
Dançam
o que pedes
Carregam
guindastes com
Nuvens
de tempestade
Linha
tirante velas
Eriçadas parte de
Uma
estrutura.
Sei
de superfícies e de pobres
Detalhes de palavras presentes
E
cicatrizes em alguém. A herança
Dos
lugares é serem
Outros
para quem
Nunca
chega.
Bárbaros
e elixires
De
ponta. A especiaria
De
um número a
Morder
a língua.
Passam
alguns minutos
Ao
meio da noite
Dia
novo que
Me
pões mais velho.
Minha
vida hoje
Posta
em aniversário
Que
me não aquece. Me dá
Igual
fazia o mesmo
Por
ti.
Chegarias
mais cedo
Ou
nunca chegarias.
A
mesa está posta e
Não
toco em nada.
Olho
para a ponta
Da
caneta, escuto
O
relógio dando palmadas
Nas
costas dos ponteiros.
O
cão ladra
Lá
fora e longe.
Passa
um carro.
O
estore está para baixo
A
janela está aberta.
Passa
um carro
Na
estrada principal nada
A
mão tapa
A
boca o olhar
Preenche
O
branco da folha nada.
Passa
um carro.
A
arca do frio
Produz
em contínuo
Gelo
e ruído deixo de ouvir
A
casa
Discutem
lá fora
Levam
crianças com eles
Ao
fundo passa um carro
Ladra
o cão o ponteiro
Passa
o ponteiro
Passa
sinto
Muito
não
Nada
Sentir
menos
É
mais
Nada
falta
Fumar
já
Não
falta
Dar
de mim
Falta
Dormir
vou
Meu
Maior
incómodo
É
não ter
Insónias
Me
dá
Sempre
A
pancada
Do sono
hoje
Não
é diferente
E
nunca
Será.
Não
mudei
Uma
vírgula o que foi
Que
disseste? Deixa
Estar
Eu
assim.
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