Diz
comigo assim
Baixinho cantam
cantam
Por
dentro e a sala está vazia.
Diz
comigo assim
Se
agrupam dominados por um
Nome
corrente e
Roupagens
na mesma cor
Caindo
diferente
A
cada qual o esquecimento
Igual
ao seu
Contorno
ao seu
País
rasurado
Nas
margens.
Minha
senhora dita
Da
boca para fora
Sem
que a isso se
Dê
seguimento.
Está
certo assim
Então?
Passam
pelo espaço
Por
entre os dentes
Que
habito
Trajados
já não
Se
sabe bem
A
quê que
As
fronteiras são largas
E
se apagam na distância
Que
leva o braço a
Se
levantar
Afiar
o ponteiro
Pousar
e traçar
A
partir de aqui
O
sinuoso intenso
Da
aproximação aos lugares
Visitados
antes e agora
Para
depois.
Se
encostam
À
fria temperatura
Das
horas ao balcão
Da
sociedade filarmónica
Recriando
gestos
De
há tanto apagando
O
fogo de dentro
À
boca calada.
Cabeças
de borrego
Línguas
de fora
Miolos
à vista se devoram ainda
Por
estes dias enquanto não
Chega
o Verão a interromper
Esta
refeição carnuda.
No
forno
Que
tens lá por casa
Cabe
uma cabeça e só
À
vez. O sol desce
À
linha. O ar que
O
enrola leva
Dessa
temperatura que se vai
Aguentando
debaixo
Da
qual se escondem
Todos
os excessos.
Desce vai
Faz
o que te digo.
Entre
o aqui
E
a rua parada vai
Medida
a mão
Atravessando
vão na espessura
Da
parede liberta
Para
os lados
Das
folhas que encerram
À
vista a loja dos bichos
Logo
mais.
Um dois
três
O
quarto completa
A
certeza de que é
Comício uma fartura e
Amostra
de gente.
Cumprimentam-se acendem cigarros
Uns
atrás dos outros afinam
À
mão o gesto que
Irá
dizer por eles
O
que não conseguem pôr
Por
palavras. Para mim
Para
mim acaba
E
vão dois
Para
o lado esquerdo um
Para
o lado oposto o que sobra
Vem
para dentro. Brinca lá com
O
homem. Lá agora fora
O
resto. Gritam
Espera
aí já
Não
foi
A
tempo. Vieram
A
jogo cada um
É
do que é.
Eu
sou. Ali aquilo
Plural.
Eram
Os
miúdos sobre os ombros
Sem
um antes
Nem
depois.
Com
licença
Que
se canta conquistando meu
Espaço
livre parecendo
Eu
que sou
Invisível vem
À
janela um sujeito
Gritando
lá para fora
Para
quem não
Se
sabe na rua
A
esta hora não
Passando
ninguém.
Eu
sou de vento passo
À
frente alargo
As
casas onde
Me
abotoo levo
Meu
cantar tracejado
Ao
interior das tubagens
Mudando
aqui e ali de
Direcção
toda música
Acaba
inclinada
Mistura
de céu e
Saliva.
Pessoal
da minha zona um vê
Se
te avias.
Começaram
quando eu
A
escrever esta linha
Nas
palmas alguns
Ainda
antes colocam
Pontos
finais
A
meio do que dizem abrem
O
vidro à frase
Traqueostomias
de emergência
Oxigenando
o sentido
Já
dado como perdido.
Não
sendo isto sempre há
Meiga
a morte
Que
tudo leva ao lugar.
Começaram e não sabem
Por
onde se virar
Qual
cubo de vidraço
Tomado
em mãos
Pelo
calceteiro
Lhes
mudando as voltas
Os
aproveitando para mais
Uns
passos sobre eles
Escolhendo
para o melhor
Lado
aquele onde já
Não
se conseguem ver
Ao
espelho.
Bom.
E é isto em frente
Na
frente vai
Triste
por ninguém
Haver
ali sequer um
Rasto
que se persiga ou
Motivo
pelo qual se
Viver.
Não
Anda
sozinho
Quem
quer. A solidão
É
um sólido de revolução.
Não
passa
Um
dia sem
Que
me pergunte se
Já
lhe comprei o anel
Para
lhe marcar o dedo se
Sei
onde os há. Não sei
Dizer
não
Ao
amor.
Sinto
muito
Se
a frase demora
A
chegar à ponta
Da
língua. Nada sinto
No
fundo.
E
há este nome próprio dito
Já
próximo no rosto
Do
semelhante. Pelas costas
Da
mão alguém
Fingindo
uma gargalhada
Frouxa.
Faz favor que
Se
assobia para
O
ar.
Não
podes
Te
levantar e sair
Com
a louça
De
aqui.
Levantam
o volume
À
dúvida se vão
Abaixo.
Assume-se
A
gargalhada ponho nela
Também
meu nome.
Rimos
todos e todos
Levamos
esta loucura
A
bom porto. Aparecendo
Depois
de uma esquina
Que
se vira
Contra
nós.
Combinado
não
Sairia
melhor.
Pedras
e lumes. A melhor luz
Fica
para o fim
O
dia acabando
Tudo.
Mereces pior.
Passos
se aproximam
No
barulho de socas solidárias
Pela
tijoleira peganhenta.
Batem
palmas. Bato eu
Te
ficas tu e eu
Não.
Não sei
Se
libertam o espaço
Se
se evaporam. Sonsos.
Teatrais.
Mariconços. Deitam tudo
Para
trás das costas.
Ainda
se ouvem
Talheres
se encontrando
Facas
com facas
Cruzadas.
Dá-me
o cheiro a
Comida
acabada de fazer.
Não
te fartas?
Traçarei
esta última linha
Que
encerra a arquitectura
Habitual
sendo
Chão
vermelho tijoleira
Já
disse trinta
Por
outra linha em
Mosaico
de assentar
Vai
à corda
Da
parede leva
Rodapé
na mesma laia
Alguns
centímetros
Até
cima.
Minto.
Agora e
Sempre.
Travo
bruscamente onde
O
rosto se dissolve
Areado
de antigo
Em
escura nota de
Azeitona.
Braços
desistem de lutar
Chegando
ao
Peitoril
em pedra
Mordida
pelos ferrolhos
Das
portadas em madeira
Onde
o verniz
Já
saltou.
Vão
a fechar
O
que fica cá dentro.
Logo
mais logo. Estando
A
janela ainda aberta
E
eu de lado a ela
Reconheço
sem surpresa
A
repetição das sombras
Em
mim.
Espelho
Com
várias assoalhadas.
Nos
vemos. Vem só. Até
Outro
dia outra rua. Dizendo
Cidade.
Vou
à porta
Espreito
pelo olho
Me
abandono
Aos
teus cuidados
Distantes.
Mal lembro
De
ti do que disseste
Por
último atravessando
A
porta da manhã.
Deixo-te
adormecer. Deixo-me.
Por
tanta maneira
Diferente
de dizer
Afastamento
metido à força
No
meio de frase
Estrangeira.
Na parede se fixa
A
caixa negra
Do
que sou. Sorte ou azar pois
Pode
lá estar
Uma
chave que faça
A
diferença entre
Aqui
ficar ou ir
Para
dentro. Zero zero zero zero
Onde
tudo começa
Código
manuseado
Se
alterando
Até
ser
Outra
coisa que
Sirva
ou não.
Confio
na memória
De
alguns instantes
Antes
feita de entalhes
Ao
alto uma folha
Branca
e repito
O
número gravado. Deu sorte
As
chaves são mais
Que
muitas tiro uma
A
levo à fechadura
Me
abre a porta da rua.
Ponho-a
no lugar
Onde
estava entro. Posso
Não
ter mais
Por
onde ir mas
A
escada do prédio
É
o que há
De
mais parecido com
Uma
casa. Tem água tem luz
Na
sala dos lixos. Desato o nó
Ao
saco espalho no chão
A
vida dos outros
Fotografias
tiradas
Quando
o sol estava
Para
trás das costas
Também
iluminando
O
rosto de quem
Se
queria.
Retalharam
estas imagens
Geometricamente
à tesoura
Pouparam-se
os cantos.
Com
a paciência dos loucos
Combino
várias soluções e
Nenhuma
delas dá
Uma
pessoa inteira.
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