Ensaio
o tempo
Ficando.
Falta
Ordenar
a vida
Andando,
passando
À
frente.
As
gentes desta hora
De
vento, vindo
Contrárias.
Sentidas.
Perder
hoje, o corpo,
É
criar
A
condição perfeita, inalterável
Tempestade
para a
Formação
de um
Objecto
pleno
De
amor e marcas
De
mão, transitando
A
direcção dos olhos
Para
nada
Ver,
indiferente.
De
qualquer forma articulando
A
morte ao longo
De
toda a criação, simples
Momento
feito fuga
Entre
cada um.
Ao
último presente, ligar
A
verdade. Apagar
A
cal da memória
Com
a rebentação
Nocturna,
anterior
A
ires ao largo,
Encontrando
esse
Naufrágio
diário,
Caso
contrário…falta
A
hoje um fim
A
dar
Com
pau.
Pode
a expressão resultar
Vazia,
à justa de um
Homem
habitando
A
circunferência do hábito.
Romper
a violência
Do
vazio, é
Tempo
de dizer
Livre,
carregado
Dessa
tensão inflexível,
Quase
final,
Com
que se reveste
Um
todo
Durante.
Aquele
quem era tinha
Curto
o exterior.
Responder
desse modo
Brusco,
funcional,
Com
a narrativa rangendo
Automaticamente
entredentes.
Erro
original.
Imagens
transitórias, desordenadas,
Reflectidas
entre as chapas
Formando
compartimento
Atravessado
na garganta.
Nenhum
mundo, o tempo.
Formas,
sujeitos – o futuro
Da
ideia. Ordem
Pré-estabelecida.
E não
Há
Deus que
Ponha
ordem
Nisto.
Vem
A
lume, jogar
A
feijões, ou não
Venhas.
Pago
nessa moeda,
Para
ver
O
fim à linha.
Centradas,
imagens e linha
Forçam
o caminho
Do
isolamento.
Pontos
postos, triangulando
O
lugar desaparecendo. Mais
A
distância se equilibra,
Na
estória de um
Horizonte.
Imensa
cena
Onde
se tropeça
A
meio, atravessado
O
entender, parando
A
isso o sentido
Dado.
Uma
conta mal feita. Um
Resultado
esperado.
Tudo
e outros, concorrendo
À
anulação das páginas
Sobre
isso, qualquer
Coisa.
Uma
despedida,
Como
sempre.
Atacaram,
ontem ainda,
A
normalidade. Um agente
Ficou
ferido. Disseram que
Passou
na televisão.
Bárbaros.
Simples
Atenções
dadas aos pormenores
Mínimos,
encontros de sons
E
palavras gritadas
À
minha atenção. Me remeto
Ao
silêncio, que o não é,
Enquanto
a pedra for
Minha
pele e por dentro
A
raiva
Lume.
Nascido
neutro
Noutra
fase. Avançar,
Procurar
perder
A
razão. Despoletar
Em
altura a cidade, livre
De
especiarias e exemplos
De
tempo. Ignorar o centro
Ao
projectado, levar
A
espuma que rebenta
Ao
fundo
Da
boca,
A
ver o mar.
Ligar
a Natureza
Que
nos habita
Com
esta
Língua
de trapo,
Vestir
o céu
A
espaços,
Com
faixas negras.
Amarar
em doca seca
A
última palavra.
Carregar
o fardo
De
palha d´aço e
Deixá-lo
cair
A
teus pés.
Carregas
de tempestade
O
que não compreendes.
Em
minha defesa,
Te
digo não, já
Volto
daqui
A
nada, quando
Já
esteja
Bem
passado.
Sua
besta
Quadrada.
Nada
Mais
tenho
Para
te dizer.
O
tempo bom, é
Uma
boca
Com
mau-hálito
Numa
cara laroca. Feio é,
Bonito
lhe parece.
Alargo
a fossa,
Para
que nunca te falte
Nada
e espaço
Para
as tuas merdas.
Já
te calavas. E paravas
Noutra
divisão. Outro
Ser,
agora. Aí em
Baixo.
Olhas
para o perto
Dos
lugares com cerca,
Sem
continuidade. Não
Largas
o baralho,
O
seguras
Junto
ao peito,
Indo
aos poucos
Pescar
mais
Algumas
cartas
Ao
monte delas,
Espalhadas
desordenadamente
Ao
teu lado
No
sofá. Mudas
A
carta da frente
Para
o fim e
Isto
durante
Algum
tempo.
Estremecem
minúsculos seres
No
chão cinzento
Da
apatia. Cruzas a pista
Às
pernas, um pé
Ante
o outro.
Chove,
copiado
De
outro tempo.
Vens
descalça, respeitando
As
linhas do mosaico. Traças tuas
Diagonais
e um sorriso
Ancorados
ao muro
Do
meu ser.
Me
procuras
O
colo, estendes
Pernas
para fora
Do
nosso contorno,
Ao
ouvido me dizes
Que
nunca dás as costas
Ao
corredor, muito menos
À
porta de entrada
Na
habitação.
Pousas
o baralho
Na
folha branca
Junto
de nós,
Sobre
a mesa. Ensaias
A
cor de um tempo,
Instalas
em mim
A
confusão de um
Rosto
que se apaga
Para
dar lugar
Ao
olhar sobre
Este
nada. Verdade ou
Consequência.
Por
debaixo ao mesmo
Vestido,
aí entramos
A
pés juntos.
Aproximas
o rosto
Do
chão, com ele
Formas
um ângulo
Ausente.
Provocas a esquina
Com
a luz da
Tua
nudez. Pregas alisadas
A
duas mãos. Transmite-se
A
outra face, ai de nós,
À
lisura tosca
De
uma superfície
Que
nos ampara.
Emolduras
os teus
Primeiros
passos
Na
direcção do que foi,
Dás
umas quantas voltas
Ao
coração, com fio
De
nylon, corrompes
Essa
pele mínima
Com
bijuteria pesada. Alargas
O
furo já feito; trespassas
A
luz branca do projector
Com
a mão livre,
Radiografas
a bainha
Com
motivos geométricos
Ao
cortinado preso
À
janela fechada
Para
a rua. Redundante.
De
costas voltadas,
Dispões
as cadeiras
Que
sobram à divisão;
Endireitas
o espelho do tecto
Onde
nos repetimos. Aí
Se
prende, num dos vértices,
Um
ramo de flores
De
cabeça para baixo,
Secando
ao ar.
Acendes
de boca
A
vela dos mortos
E
um cigarro por favor
Para
nós. Abres tiro
Aos
pratos com o
Sapateado
demente
Das
tuas frases
Soltas.
O animal
Estatelado,
sendo eu,
Mais
não é que
Uma
falha no décor.
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