Seu
ruído tique, qualquer coisa
Fácil
de dizer. Repetido
Pelos
outros um lado
Enodoado.
Pelos arames
Assinalado.
Eu e todos, alguém
Fala
dos gatos.
Rasgas
a intimidade ao corpo,
À mão
fácil como papel
A ser
separado em outras
Tantas
partes do todo.
Uma fome.
De vento e chão,
Rara
flor, desbotada na folha
Do teu
ombro. Minha boca
Se enternece
à tua voz, essa
Mutação
de género assim-
-assim.
Desapareço
para o mundo
Em nevoeiro,
cerrado
De punhos
e ânsia
Igual
à de outros. Tenho
Um desprezo
sem temperatura
Por quem,
dentro de mim,
Se deixa
ultrapassar
Por dentro.
Sou desvio
Onde
não sou
Interdito.
Uma fome
de cão
Pelos
pulsos. Separados
Os
tecidos ao nervo. Por gestos
Se acaba
o álcool. Fico a dever
Tudo
à alma. Quando for
O tempo
dos acertos, haverá à mesma
A luz
da tarde, assim
Se resolvem
as arestas
À tona.
Apertas
o peito com sangue
Dos outros.
Vem a respiração
Diferente
do que és, dito assim
Por outro
nome.
Perco
apelidos, os amarroto
Como
facturas de papel
No fundo
dos bolsos
De trás.
Para a frente
Guardo
a lua, teu sorriso
Mudo,
enquanto a apontas
Para
os dois, para lá de um
Breu
sossegado.
A impressão
do mesmo pé
Na terra
misturada, acentuada
Por
um grafismo etéreo.
De passagem,
as vozes vão
Esmalte
sem espessura, roupagem
Inquebrantável
fio único, o motivo
Da teia.
Pelos cantos
Ressoam
as unhas no barro
Nu do
corpo.
A escada
que te serve
Piso
acima ou chão que mexe
Contigo,
é um e só
Mecanismo
estridente.
Bocas
de incêndio, por aí
Aspergida
a tua intransigência, à força
De quereres
ser maré
Ao mar,
um braço
De intenção.
Afastado
das rochas, suplico
Aos elementos
a sua discórdia,
Para
que seja perfeita
A tempestade
alteradora
Dos espaços
entre as pedras
Amaciadas
pela lâmina
Do vidraço.
Corre.
Anda. Espera – tudo isto
Em pessoas
diferentes. Por elas
Um vento
cai assim
De amores.
Saber
da morte, à tarde e assim
Nesta
zona do dia, suspensa
Pela
sua definição. Sem engano
Sulcamos
o corpo com mar
Nos olhos.
Chão
trágico, separadas as pedras
Descontinuadas
na sua pele. As mãos
Não sabem
o que fazer. Se atrasam
Para
o último dia conhecido.
O rosto
amarga, reflectido
Em grão
à superfície
Do café
que esquecemos
De beber.
A caliça
da memória cai
Em óxido
no espelho, um sonho pescado
No rio.
Vejo emergir a boca
De um
cipreste.
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