segunda-feira, 25 de novembro de 2013
MÁQUINA CAVADORA
Repousa a máquina pose, na mais simples das suas frases articuladas. Interior óleo parado frio, antes do movimento seu corpo. Nasceu para todas as ferrugens e verniz estalado, polida máquina metal. Impaciente parada, sua garra de afagos virada para o peito, é meiga antes de ser rasgo. Toma sempre a direcção da terra seu chão horizonte cova, revolve sementes bichos pedras à mistura, de todos quer frente rosto. Sua máquina vontade êxodos duradouros, impõe, dispõe, de camadas superficiais fingidas, e fala sempre de corações despedaçados. Um corpo sombra – não é árvore – antes da nuvem, prepara escuro caminho possível. Horizontal esqueleto olhos paisagem, verte outros corpos a partir dele, vértebras soldadas íntimas. Deslocado corpo de lado bebe dos eixos de transformação da beleza, um tronco deitado.
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