quarta-feira, 27 de novembro de 2013
MEDO
A respiração errada, um defeito momento em que ele insistência da frente do peito ao lado oposto. Um ponto fora dele, frente ao corpo que julgo meu. A costa deserta de mais vultos, onde ecoa intensidade da nossa única voz ainda calada, ocupada com ar. Uma altura dimensão, alto a baixo – Onde senão dentro? Os movimentos dos corpos teimosos, corpos catástrofe demasiado ensaiada. Expelem-se pensamentos frios, podres frutos que caem indefesos sobre unhas partidas afiadas, sem posição. A perda de um dedo, sentido na outra mão a que não pertence. Cabeça tronco desmembrado. A agitação dos lados todos, um outro medo esquerdo, tombado emendado. Tomam-se direcções incompletas, como vapor depressa ausente antes sequer ser um contorno de quietude. Caos hábito, edificação com grades presa por arames. E de dentro vem tudo isto, mais um estômago sem espaço para desaparecer. Triste morte da imagem, que não se sustém sempre pessoa. Um reflexo medo presente, aproximado defeito. A parte decomposta de algo em que nos agitamos.
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