sábado, 16 de novembro de 2013

O LADO OCUPADO





 



Em lado algum é lado também superfície, onde incido espalhado mudo de direcção, com o corpo luz deformada. Um desequilíbrio inclinado onde um cubo imperfeito mais posições que de quatro, lados tantas as expressões possíveis de um sólido rosto volta-face. Assinalo com gotas de sangue lados que já contei não contam mais, e vou rins doridos pelos seus planos íngremes quando não impossíveis verticalidades por todos os lados. Prefiro sombras de espelhos cores inversas que na mais imóvel das faces obriga a fechar a certeza de uma paisagem. Marca-se hora para momento preciso um lado. Debilmente sadio calmo de nervos outros músculos me sinto outro lado. O ofício lento da cortesia que é ouvir uma qualquer exclamação usada num forro que se despe barulhento virado para a intempérie. Ouvi-lo a partir da sua origem lado de fora. Superfícies esmorecidas duas fotografias quase podiam ser iguais não fosse cabelo entrançado preso de lado como cortina, onde antes era sorriso escondido de cabelos. O parto fácil dor dos outros a que assisto obviamente de lado dando ao pronome que é isto algum sentido. Uma mobília de braços encostada à parede do quarto vazio três apoios para cabeças aroma de pinho. O som da respiração oportuna notada ao longe como frase não pensada antes de ser voz. Palavras vontade própria separadas da boca. Uma cor inenarrável servida fria no corpo da máquina estacionada na pouca luz que há num chão negro, outra imagem que se inclina para diante sombra. A indecisão cinzento afastado, nevoeiro visto de baixo sentado no divã desenhado à pressão um corpo sobre ele, por uma criança a desviar a infância para o tecto pregando-lhe os seus olhos soltos. Disperso por todos os lados tumulto, inesperado provocador de gargalhada abafada no começo da minha garganta disposta. Oblíquo lado vivo em que agarro coisas mais a sério, outro espaço afastado na medida larga de um corpo. Ser outro contorno o companheiro do lado, linha traçada exterior outra metade apanhada de lado. Um coração que se aflige com toda a música imperfeita, derivando-lhe líquido silencioso companhia um espaço, a língua que não ocupa a hora inteira. O peso de uma maçã fora das mãos. Dar ao estranho tempo carta branca, teatro das mãos palmas num momento, fala-se dos outros atrás do pano promessa encenada. Andar de lado – evolução – pelas bermas do oceano, entendermo-nos pouco todos os dias, discurso frontal exaltado. Depois dele companheiro é corredor. Inversamente digo corredor ele e eu. Deste meu outro lado ainda não um corredor, simetria que não existe. É rosto lugar vazio.

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