Assino depois – com a minha pessoa, bater no fundo – se concordar com o que escrevi. A minha alegria é um beijo breve, um telefonema que recebo irritado.
Uma
carta boa, colocada de pé, com o desenho do destino nas suas costas. São
bocas o que imagino, acumuladas, numa fome calma de perguntas, ao longo da
estação escura que é o meu pensamento. É a fotografia com a minha pose lenta,
aumentada até ser um olhar só, cego pela paisagem. Medicamentos que não ajudam
em nada as palavras, dispostos geometricamente como frases coloridas, sobre uma
tábua curta de salvação. O meu desencontro eterno com o vizinho do lado, uma vida
normal que nunca encontro. A minha melhor mão esquerda, oferecida à doença do
gesto, no aceno a um futuro que não conheço. O
meu verdadeiro nome.
Sem comentários:
Enviar um comentário