sexta-feira, 11 de outubro de 2013

PROFUNDIDADE



O meu corpo curva-se para a manhã que irá acontecer, desenhando com ele o início do sol. Uma metade de mim, acima da cintura, adianta-se para um tempo que me é destinado, sabendo sempre coisas que os meus pés não sabem. Uma curva sem sentido figurado, descendente do outro lado. Nasço para um buraco solto na paisagem, podendo sair dele a qualquer momento. E não significa isto nada, senão a profundidade do que não vejo.

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