O
meu corpo curva-se para a manhã que irá acontecer, desenhando com ele o início
do sol. Uma metade de mim, acima da cintura, adianta-se para um tempo que me é
destinado, sabendo sempre coisas que os meus pés não sabem. Uma curva sem
sentido figurado, descendente do outro lado. Nasço para um buraco solto na
paisagem, podendo sair dele a qualquer momento. E não significa isto nada,
senão a profundidade do que não vejo.
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