sábado, 10 de agosto de 2013

MATRAQUILHOS



Uma moeda compra um jogo. Nele, competem cabeças duras de aspecto divertido, com as suas toucas de desporto trocado. Alguns jogadores olham-se nos olhos, medindo a respiração, e os outros olham para baixo. A casa de todos eles é um caixão numerado sem tampa, deixando assim, entrar os gritos vivos dos adeptos. O interior do seu coração, destino das bolas em sangue que entram, é guardado a cadeado, não sendo qualquer um que lhe sente a batida. Existe religião no incenso de nicotina deixado nos cinzeiros das margens, como que a purificar-lhes o vento de feição. Continuam parados, tensos, à espera que alguém tenha punho neles, e lhes dê uma alegria oca, animados que ficam quando lhes passa óleo por baixo dos sovacos. É um mundo todo de madeira bem cortada, e há sempre uma cerveja bombeira de prevenção.

Sem comentários:

Enviar um comentário