Uma moeda compra um jogo. Nele, competem cabeças duras de
aspecto divertido, com as suas toucas de desporto trocado. Alguns jogadores
olham-se nos olhos, medindo a respiração, e os outros olham para baixo. A casa
de todos eles é um caixão numerado sem tampa, deixando assim, entrar os gritos
vivos dos adeptos. O interior do seu coração, destino das bolas em sangue que
entram, é guardado a cadeado, não sendo qualquer um que lhe sente a batida. Existe
religião no incenso de nicotina deixado nos cinzeiros das margens, como que a
purificar-lhes o vento de feição. Continuam parados, tensos, à espera que
alguém tenha punho neles, e lhes dê uma alegria oca, animados que ficam quando
lhes passa óleo por baixo dos sovacos. É um mundo todo de madeira bem cortada,
e há sempre uma cerveja bombeira de prevenção.
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