De
onde veio isto? – Não haverá outra estação do ano, se não
tiver sucesso nesta. – Sentes-te confiante?
O prazer que ainda tenho hoje, antes das temperaturas anunciadas para amanhã,
ao sentir como me assenta bem estes estampados frescos, de peixes riscados com
cores de tempestade. Faz-me combinar relógios parados, magoados na sua corda.
Quando tento deixar uma marca no caminho, para que não o esqueça de vez, são já
outra vez horas para criar conversas e vestir outras roupas. Não há uma
separação clara entre uma resposta capaz, e aquilo em que se confia que seja a língua
de origem. Prestes a fechar as portas para o que não é memorável, as pessoas.
Têm sempre de falar nos dois aspectos. Deixo-as a falar, bem entregues a si
mesmas, enquanto houver saliva. E largo o lastro pesado dos meus pulmões, indo
para junto do sítio perfeito que é uma cor roxa, elegante, usada antes numa
máscara. Eu fico bem, mas a ela, cor, aborreço-lhe o tom ao tentar ser mais
arrojado na inspiração que conta, ao querer desenhar-lhe um painel atento às
cores de onde ela própria vem. Onde ela possa viver, e ser corpo para bolor.
Demasiado, não. Só uma face do rectângulo proposto, a parte consumida e privada
pela máscara. A outra face, não se vê daqui. Queria juntar-lhe outras tintas
que fossem, um visual especial. Algo que eu usaria.
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