segunda-feira, 3 de junho de 2013

MANHÃ / MANHA




A manhã é um som bonito deitado aos ruídos, e uma atenção diferente às gargalhadas. Alguém empurra rodas e são estas. Tossem a vida fora e vão aparecendo à mesa. – Este pão é de hoje! O diálogo no café ao lado, só vozes. – Quem? Máquinas em trovão são elas. O silêncio pouco de agora estranho. E de vez em quando um motor atenta por segundos. Por trás alguns. Mas não sabes o que são. Mais perto de ti solas e uma porta gentil. Agradeces a mais solas e a outro quase silêncio. Uma montra é varrida com uma ignição. Uma martelada em ponto, uma ária às borras. Alguém pede indicações e palmadinhas nas costas. Pássaros são estranhos às voltas, demasiado afinados. Poses correctas são pernas em sincronias de transporte, a caminho do patamar. São danças paradas na passadeira. – Sente-se aqui. Há uma estrada principal onde passam mais quando querem. Mudar de direcção é vir para aqui. – Ela nem dormiu! A mão no rosto e sei pela barba que já cheguei há algum tempo. Com manha.

Sem comentários:

Enviar um comentário