terça-feira, 4 de junho de 2013

SIDERURGIA






Os meus olhos são um mapa dos primeiros e aumentam a área de fornos. São perto e vou para eles. Chego amarrado em guindastes apressados pela cintura e quero lava para depois. Fixo uma lâmina fria no porto e vejo que não estou sozinho. É um viajante interessante, pois mantém-se só com quatro pontos de solda e mal dão para uma vedação. Sinto um peso de destroços e são rápidos na horizontal que entra em tudo. Sento-me a meio dos carris e espero pelo tempo incerto em que todo aquele metal de fundição me servirá como uma luva, um aconchego ainda a arder. Somos uma geração com mãos de vapor que rodam só torneiras e sempre no sentido contrário. Sabemos já que há botas protegidas e rolamentos apetecíveis com todos os tamanhos de colarinho. Acendem mais fogo ao fogo na distância segura de um gigante às peças. Cortam-se línguas paralelas e ficam bem em pilhas de ferrugem. Agora exportam-se clientes finais para sítios perto — Não imaginava!

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