Aqui,
quase ninguém procura.
É uma
zona de tudo, um suspiro.
Devagar,
é um sonho.
A
cama é banheira para uma barata, apanhada desprevenida com a velocidade turva dos
pensamentos.
Vão
no vapor, sem janelas, e falam muito.
Não
se dorme bem, que a luz acende-se e apaga-se demasiadas vezes.
Aqui,
não toco em nada.
Limpo
só o que sujo.
São
bichos, muitos bichos, uma família espalhada num tapete antigo, e ocupam o
tempo todo que isto dura.
A sobreviver, a não deixar passar nada.
Quero
saber mais, perguntar pelo nome de mais alguém.
Conhecer
o erro do sorriso ao olhar para um anjo mecanizado, solto no seu eixo.
Que
roda.
Roda
à volta do que suponho, e suponho que há outro lado.
Uma
sala cheia com roupas, para que se cubra depressa a vergonha.
A
vergonha que é pensar, e sentir-me melhor com a minha respiração.
Eu procuro,
e não sei há quanto tempo.
Se
uma noite devagar, ou uma vida rápida.
Se
nos vemos sem nada, é uma preocupação.
Com
isto, e não parece grande.
O
tempo de olhar para o outro.
Uma
ideia boa do mal, inspiração.
Vem
muita luz com os primeiros candeeiros.
Vou
andar às voltas a noite toda, a tocar no profundo do dia domado.
Sou
outro, porque não sei.
– Quem virá à porta, quando a mão conhecer a
madeira?
Um
presente, uma bênção.
Um
deus inacreditável, como sempre.
Diverti-me
muito a ver-te, mas não te disse uma coisa.
É isto
que faz o sonho.
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