O cotovelo em pedra
antes da chaga em espera continuada.
Formigueiro a meio e um
arco perfeito em posição de olhos a
olhar através do rectângulo tosco feito
à pressa e ditado pelo capataz
adormecido
ao almoço, a calha
boa de correr mas fere
o material que do metal faz-se carne.
Em repouso.
O pensamento contorna
mãos a várias
horas ao relógio de queixo,
tombado como se tudo parasse
bem dentro, a voz não,
pois dita em contínuo através do elo.
Á alma agrada-lhe
a sombra da árvore em que vive.
Já não é só casca em socalcos
e pássaros curtos em equilíbrios de
ópera.
O alternado do branco dela própria
irá à morte da folha, e as raízes
continuam a sair-lhe por diversas;
tomam hipóteses de caminho à surpresa.
Continua de pé e ocupa
ainda um plano grande e o olho traem
e desfoca em empurrão de quarenta e
cinco.
Em graus implicados e simples de
contorno.
Depurado só e projectado;
e não lhe falta o que consome.
Movimento.
Tenho sono neste quarto mas é brando
pelos braços e toca todas as notas.
Acima da cintura só telhas e sombras
com mão no queixo e chaminés em queixume.
Ao vento.
A tristeza não se disfarça em danças
tentadas.
O material transformado já do seu
natural em outra coisa da cozedura
do caminho, antes hipotético do suporte.
À raiz em cinza, o clone imaterial
da falta de mãe geradora e d´água no
umbilical
que se perde em valas, nós não.
Temos olhos à sombra.
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