Ainda a latejar, da viagem alta acima do equador dos nervos; e
sinto o alcatrão a acomodar-se ao meu esqueleto de inverno.
Bem-vindo
a onde não és desejado.
Não é
por ti, é pelos teus; eu que não tenho nada, só cervical.
Estado:
gasoso.
Estudo:
antropológico.
Entrudo:
adequado.
Vim
de camisa desapertada, à justa da minha impaciência em resolver mais um
assunto.
Que
deles – para resolver – fazemos a nossa fome de esperança.
É preciso
não soluçar em prantos de pardos; poupas os tecidos.
A
placa de pressão é sensível, basta uma unha.
O
despertador favorece o nosso melhor, de perfil; é onde estivermos.
Estes
degraus que desço, apoiados em rodas estáveis da paralisia, são demasiados em
altura.
- Parece-me.
Vai
com cuidado, apressa-te.
O
último a chegar tem uma má ideia.
Não
fazia outra.
Mas
por questão impessoal, acendo um cigarro em cronómetro; e ali ao lado tanto combustível.
Pensa-se
que seja tudo para arder, em cisternas estanques.
A
estrada empresta o pó; pólvora seca em timbrados de rastilho.
Os
segundos da hora com desconto, são sempre hesitação.
E a
explosão em hipótese, tão vívida.
Antecipas
um animatógrafo de gente cheia pelos ares.
Mais
uma vez o rastilho, sempre ele.
E a
falta dele.
Acondicionado
em bagaço justo, dentro de um tupperware.
Jóias
de família; tanto plástico daria para uma ilha – á deriva – de reuniões com
todos os inscritos em tribunais da paz julgada.
Aparentemente
translúcidos; quase os consegues ver por trás das costas.
Mas
só os herméticos, que não te deixam fugir.
Como
o tupperware daquela menina que vinha
sentada, descansada no seu alvoroço de primavera, quatro cadeiras em avanço.
Trazia
com ela – a sufocar – um bebé confortável; vinha também ele em segunda, mas absorto,
a observar as tristezas escavadas na argila das caras passageiras.
O pressentimento.
Esse, domesticado.
No
alfinete de segurança que trago para as longas viagens, não vá ficar
indevidamente excitado.
Cuspir
fogo é fácil; o complicado é faltar a gasolina.
O
avião estacionado, e mal, na pista. Continua a trabalhar.
Escapa-me.
-
Vai a algum lado que não seja daqui a pouco?
Próprio
das máquinas; que o despertador, também máquina, não os apressa nem arrefece.
Funciona
melhor assim; em rede desatada nas pontas, soltas em crochet.
Eu
acho que disse, acima destas, uma frase ou só o conceito: má ideia!
Pois
tenho à minha frente um prestável funcionário em florescente.
-
Não se importa de apagar? Ele, de fino corte.
Eu,
em bombeiro involuntário: - Sim, é já depois do adiar.
- Isto
aqui é só motor! Ele, no recorte; para alguém que não eu.
Não
deixo, não estou.
Ainda
vou a tempo, o que é melhor.
Atira-me
a última hipótese, em extensões de cabelo.
Indica,
com ares de lanterna, o caminho a seguir.
Como
é preciso e eu também.
À minha
frente, um autocarro geométrico de roda dentada.
Com
a porta quase a fechar, em suporte de vida útil.
Quatro
pistas; voz e guitarra. Batuques a dobrar.
Cabeças
de Medusa, nas janelas todas.
E
chamam-me, quase ao mesmo tempo desafinadas.
Pisco
o olho.
-
Vou já.
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