quarta-feira, 22 de maio de 2013

DE PUTA MADRE




A boca à linha na pedra
fria de azar à solta em
algodões amargos de assoar nos
passeios da fama inteligente com
mãos de veias contemporâneas, digitalizadas
em poros de deserto, famintos
de coisas verdes o martelo é pouco e fim
ao cabo em lascas de lazer rompem
a pele de sabedoria e orelhas amestradas.

O som em coluna debandada de operação
plástica em bigodes sensuais aparados
em anil e deitados às bocas
em água no bairro da Chueca, Madrid adentro e
deitado fora em tranças.

Vertigem de cristal a tropeçar no palco
escuro de artista apagado e fora do
sítio de discos e bolsos.

Ressono barbitúricos em dose de
pilulas no aço assumido sem dia.
Provoco o esgoto e sai amarelo informado das
bonecas de hambúrguer com sotaque
tribal, arrancam-me os olhos bonitos
e atiram-me mamas de silicone avarento.
Suor de lima extensa à unha.

Ato a cervical e admiro-te em ramo
de flores ordinárias.

Cheiro a gás de cidade.

Bichas de feltro rasgam-me
a meio e não me importo.
Volto à pedra em excesso
de túmulo e calço 42 verbos congénitos e
estão apertados, com companhia.
Mudo a hora do siso a tempo
do inverno no registo da esquina
gritada: MÁS ALLÁ

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