sexta-feira, 31 de maio de 2013

OCUPADO / DESOCUPADO



Uma verdade bonita com tamanho
adequado de anzóis.
Cabelos pela boca com refluxo
de conteúdos.
Papel empilhado de conversas
com colarinhos.
A casa tem estores para baixo e por trás
uma dúvida a despir-se.
Fogos ateados em olhos pisados
das discussões prometidas
quando somos dois a chegar primeiro.
Esforçamo-nos numa árvore caída
e não vamos embora.
Vou trabalhar em coisas más antes de tudo
o que tinha estado no quarto está livre.
- Já lá esteve?
- Na véspera ele pediu-me e eu nunca saí dali.
Parece que está a acabar agora um machado
ouve música que nunca vemos.
A toalha é ridícula e espera.
- Porque estás nu?
- Tive de fugir e não se pode!
São perguntas e um disco riscado
em todos os Natais.
Não durmo, e as tatuagens
são andorinhas.
Uma mulher com sentimento não
consegue cantar estes agudos.
Um tapete aos pés do sono
com serviço de quartos vazios.
Tens maquilhagem e encostas-te.

Não é um incómodo, é uma ocupação.

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