sexta-feira, 24 de maio de 2013

TABLIER




Irrompes das hipóteses de morcego em remendo e
desces um estômago à montanha;
os candeeiros todos à tua altura também
abraçam-te em dúctil de metal; a avenida
murmura em uníssono electromagnético.

Almofada de pânico neste inferno confortável, e mil
mãos calejadas de ganga.

A porta de acidente, desencarcerada
antes do volante.

Mais luzes e tens orgulho em reflexos.
Escapes e vermelhos, todos
tingem o preto plástico de toda a largura
do habitáculo e é mundo do mesmo.
Agora estremeces. E perguntas?

Um punhado de pele e coleiras estéticas.
Bastam mãos, tanto no lugar como para fora.

Sai do banco a pergunta e pedais a 3 cantos.
Sinto que arrefece ao longe e desaperto mais um botão, com as mãos em pé.

A ordem é a correcta e vê-se nervos à vez de vermes, na carne à espera de ti;
da fala muda ris e és loucura, pisas e tens braços
ao leme sobe um parente mecânico à linha.

O coração tem gasolina, há um caminho de reserva e
não é longe de lado algum.

No lado direito, em reclamos tatuados de religião, viras
a boca o bastante para milagres e agradecimentos de rodapé;
depois é a ponte e não queres lantejoulas.

Intimidades de nevoeiro e serpentinas de ferro há muito
curvas, ferram em costas macias do costume e
CHEGA!

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