segunda-feira, 6 de maio de 2013

ANALÓGICO






Nunca antes fui sonâmbulo de andar, mas já falei a dormir.
Esta noite abri a excepção.
Nem jantei.
Sei que a recordação me trai, porque não devia existir.
Fui caminhando, desconfiado.
Vejo através do corredor.
Um assar visual, lento de microondas.

O distúrbio é um transtorno.
Abre portas, janelas, gavetas.
Envolventes do nervo em zumbido.
A cabeça estala em milésimos, e corredores de fundo atravessam-se em metas desnatadas, assumindo o leite como tendo estado.
Pária.
Condizente.
A chave continua no bolso, em ignição futura.
O guardanapo da mesa do lado esvoaça pelas batidas por minuto do aparelho.
Cronologicamente condicionado.
O dedo marcado pelo ferro das ganadarias em cartel da nicotina.
Pernas passam em cinemascópio.
Vejo-as pelo limite do olho que amarrota o quotidiano.
Migalhas.
Aparentado de ilusão, desenvolve-se um pensar paralelo.
Verdadeiro da insónia.
Individuais da tábua raspada com o preto entrelaçado em texturas de gato.
Anúncios do desplante razoável da mista.
Atum e frango.
Diagonal curiosa no traçar alheio da concordância.
À tangente, furto-me.
Em ziguezagues de colmeia.
Apreço pela boa educação de talher, no meteorológico do sonho.
Hoje, com vagas.
Que não ultrapasse um metro que seja esta saudade do opinar.
Agora.
Isqueiros soldados, não meninos.
Brasas em festejos do dia da música abraçadas a cântaros.
Embriagados pelo ácido das baterias que os incitam.
Delito simples.
Conversas embrulhadas em papel de jornal.
Suplementos da sintonia digital.
O murro, prefiro analógico.

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