Sinto-me
rouco às vezes e como
vizinha
tenho uma rotunda.
À
volta dela, muitos
passos
para fora.
Tenho
a cabeça a jeito de rodas
vivas
e não só.
No
fundo é um círculo
fechado
e bastante.
A
vantagem é ter currículos diversos.
Métodos
sem saída em pasta
com elásticos.
A
palavra antes e depois, martelada
de forma
tosca e por aproximação.
As
mãos protegidas das facas dela
com luvas
de pele soldada.
Rasgam
à sorte, mas antes assim.
Tenho
bolsos com borbotos
e um
volante de muitos.
Ouço
mais passos e gostava
que passassem
de uma vez
só.
Empilho
vermelhos sempre
a mesma
cor que não desbota.
Mais
ao longe é atrás
e da
mesma rotunda sai.
Um
sinal que, encavalitado, é dois.
Primeiro
a farmácia é
um símbolo,
uma cor diferente.
Para
o mesmo sítio
dirigem-se
cães dados a
trelas
com sacos a dizer
escola.
À
direita mais movimento e uma greve
passada
com o tempo contado.
Pescoços
do ócio concorrem entre si
ao bocejo
e ditos de boca.
Já
são alguns.
Apanham
o lixo às claras.
Um
brinco e testemunhas.
Para
a tinta vêm sempre
números
e não sei quantos.
Não
conto com isso, mas aparecem.
Fios
de aprumo e paciência
de papel
enrolado e bem.
O
desconforto é um casaco atrás
das janelas,
sombras e olhos
reflectidos
em cristaleiras
estilhaçadas
com vidros
bem
cortados, servem-se
a
gosto de cordas e mãos
manietadas pelo crochet.
As
garrafas não se usam, bebem-se.
E a
rua já acabou.
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